8.1.08

tatuagens

Nasci exactamente 100 anos depois de Jesse James ter morrido.
Dessa data, herdei as marcas que me ficam na alma das irresponsabilidades que cometi no passado. Tatuagens das mortes que deixo pelo caminho: sejam momentos felizes, sonhos por concretizar ou ingenuidades que cometi sem pensar. Mais tarde relembro-as e pago-as sempre. Arrependo-me sempre, sempre foi assim. Mas tenho de viver com elas até à eternidade. Até as aceitar ou ignorar, entre intervalos de saudade ou agonia. Normalmente, tenho a sorte de aparecer alguém ou algo que me facilite essa cicatrização. Uma parece estar nessa fase, a outra não me deixa dormir. Mas, quando tudo estiver bem, novamente, as tatuagens vão estar lá para eu as ver. Se tudo correr bem, já estarão cicratizadas. E aí serei melhor.

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