26.8.08

profissão de futuro

A fila espontânea formou-se mal as pessoas lhe viram a cara pela primeira vez. Familiares, amigos, colegas de trabalho ou até o padre queriam tirar fotografias a seu lado. Ele ficava melhor nas fotografias que as pessoas que pousavam a seu lado: viam-se olhos fechados, bocas abertas, olhares para o lado... Ele não: quieto, sóbrio, bem maquilhado... tudo o que fazia sobressair a sua beleza natural pela qual era sobejamente conhecido. Eu, como fotógrafo, reconheci isso desde logo: foi, de longe, o melhor modelo com quem trabalhei. Conheci-o nesse dia. Cara simpatica, boa constituição física e pele imaculada, apesar da idade que tinha. Pena não ter dado para lhe ver os olhos. A mulher era lindíssima, jovial, apesar de tudo. Tirei cerca de 200 fotografias... devia conseguir vender umas 500... a cinco euros cada... nada mau! O padre disse para acabar depressa com a sessão fotográfica. Respondi que sim e tirei mais três fotos. Todos sorridentes, todos a abraçarem-no. A última pertenceu ao padre que, por costume, guardava uma recordação das cerimónias que fazia. Após a fotografia, aproximou-se um homem de preto e fechou o caixão. O funeral iniciou-se.

18.8.08

férias

Seis italianos, três holandeses, três brasileiros, três alemãs, três escoceses, uma lichtensteiniana, duas suíças e um português juntaram-se num surf camp.

Experiência única!

PS - Pareço uma águia!