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Sentada no seu canto, percorre a sala com os olhos. Sorri, sorri muito. Perde-se nos pensamentos sobre aquilo que vê e é feliz. Parece feliz, percebe-se depois, quando confessa que chora facilmente. Quem é feliz não chora, só por caridade. Ouve música de amor, música que lhe lembra quem não devia, e pensa. Pensa muito. Demasiado, dizem alguns. E preocupa-se. Vive entre o querer e o dever, pedindo beijos de borboleta que sente não dever receber. E fica sentada no seu canto, a olhar. Com uns lindos olhos castanhos. E a sorrir. Um dia irá levantar-se. E ser feliz.