27.4.09

une jeune fille

Dizem que o coitado não vê desde os 32 anos de idade, quando ela, acidentalmente, lhe deu com um barrote na cabeça. Ele nunca prestou queixa. E parece que foi melhor assim, porque ela nunca conseguiu explicar o que fazia com o barrote no quarto, já que as obras eram na cozinha. Ainda assim, ele continuou a afirmar o seu amor por ela, apesar de, enquanto tinha visão, ter sido acusado das mais variadas traições, principalmente quando era apanhado a olhar as suas vizinhas com agradável fulgor da janela da sala. Mas sem visão, queixou-se ele, o prazer voyerista desapareceu. Contudo, o sexo, segundo confidenciou a um primo de um grande amigo meu, ficou fantástico depois do acidente. E ela adorava cavalgá-lo, no mínimo, três vezes ao dia, apesar de nunca ter retirado da ideia que ele tinha uma personalidade traiçoeira. Hoje li no jornal que, há dois dias, a mulher, decidida a provar que ela a traía, colocou em torno do piço do marido uma vagina de mulher nova, enquanto, ao lado deles, fazia as vozes de prazer. O coitado, satisfeito de ter uma mais apertadinha rata para comer, não disse nada, apesar de ter estranhado o cheiro diferente que de lá emanava. Depois de ele se vir a primeira vez, ela matou-o, pois tinha o seu coração partido.

Sem comentários: