12.5.08

dez

Lembro-me de festejar o golo de um jovem jogador chamado Rui Costa na final do campeonato do Mundo contra o Brasil e de me dizerem que ele era do Benfica; lembro-me de o ver ser campeão; lembro-me de o ver escolher um clube pior só porque queria que o Benfica ganhasse o máximo dinheiro com ele; lembro-me de, alguns anos depois, o ver a jogar futebol na praia da Falésia; lembro-me de o ver chorar quando marcou um golo ao Benfica; lembro-me dele marcar um golo monumental num jogo contra a Irlanda, que deu a Portugal o apuramento para o Euro96; lembro-me dele ser o Príncipe de Florença, ao lado de Batistuta; lembro-me de Rui Costa ter ganho consecutivamente a Zidane a eleição do melhor 10 do Calcio; lembro-me Platini ter dito que Rui Costa poderia ter sido reconhecidamente um dos melhores do Mundo se tivesse ido para um clube maior que a Fiorentina; lembro-me de todos os golos que marcou à Inglaterra; lembro-me de Manuel Damásio, Vale e Azevedo, Manuel Vilarinho e outros candidatos nunca presidentes do Benfica prometerem voltar a contratar Rui Costa, bastando isso para conquistar as massas benfiquistas. Custa ver os meus heróis do futebol acabarem as suas carreiras.

Sabemos que estamos a ficar velhos quando os jogadores de futebol que adorámos se começam a reformar e aqueles que adoramos já são mais novos que nós.

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