3.4.08

três do quatro

Desculpa, não tive coragem. Arrependi-me poucas horas depois. Só aí pensei no que tinha feito. Na merda que causei. A todos, inclusivé, tu. Sei que o que fiz não se coaduna com o que normalmente faria, mas não estava em mim. Hipotequei o futuro de quase toda a família. Trouxe uma nuvem negra que ainda hoje causa as suas sombras. Arruinei para sempre esta data, não pensei em ti quando o fiz. Sei que, durante anos, e até hoje em dia, te perguntas se terei pensado em ti quando percebi do dia em que estava. Logo tu, que eras o único que não estavas lá comigo. A prenda que te dei foi aprenderes a seguir em frente. Em olhar apenas para os teus objectivos, sem notar nas irregularidades da vida: como quem anda de bicicleta. Sei que me agradeces por isso, apesar da lição ter sido tirada quando eu ainda era vivo. De resto, nunca me perdoarás.

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