16.11.07

Isolation

Tremer uma vez. Duas. Três. Mais. Até ao final e depois. Ver o filme da vida retratado num filme de película. Ou o contrário? O contrário não é. Mas será que estarei a ver bem? Estou. Merda! É isto mesmo!... mas num grau menor. Ufa!! Mas como não se sabe o que se quer? Pois…eu não sei. Nem sei como sou… Não saber qual dos sentimentos tem mais força…pior… não saber o que se sente. Certo ou incerto? Mais um dilema. O principal, aliás. Será o desejo de um porto de abrigo legítimo? Egoísta é, mas será legítimo? Viver o desejo fruto de uma cultura, viver o conforto, viver a certeza. Odiar o incerto, apesar de isso ser a fonte de nossa vida, a razão de acordarmos todos os dias. Odiá-lo, mas depender dele. Da surpresa, da paixão. És minha. (…) Tu sabes disso. Merda, ele não pode ter dito isto! Já não sou único, mas sei que o disse como se tivesse sido o único a pensá-lo. Fiquei de boca aberta e não falei durante os 100 metros no escuro. E agora? O que é que eu quero? As duas numa. Quero-a a ela. Merda, ela não é certa! E o que faço eu com o que percebi? Vivo…quieto, mas sem parar. Mas quero viver, juro, só não sei o quê. E quero aprender a vivê-lo. Preparar-me. Lio, explicaram-me. É como tu estás. Eu também. Preciso das duas? Consegue-se as duas? Paixão e certeza… Porque é que gostando dela não posso ficar contigo? Porque não. O mundo é dos que simplificam. Já o raciocínio… a droga dos indecisos, a causa de todos os problemas sentimentais. Próprios e alheios. E como consegue alguém olhar nos olhos, amar e dizer não? Não gosta…só pode ser isso. Via-me com ele daqui a 20 anos…mas agora não. Então esquece, nunca mais. E o futuro? Como sobreviver, feliz, num mundo de incertezas? Repleto de fotografias de um passado dorido…mal resolvido, por vezes? Tenho que fechar a porta. É isso que tem que ser feito. Será que depois disso vai correr bem? Com certeza. E agora? Desta vez não posso fugir para a frente. Isolation.

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