Projectos

O que é que te vês a fazer profissionalmente daqui a cinco anos?
Ontem fizeram-me esta pergunta por três vezes e, em todas elas, eu não soube o que dizer. Concretamente, pelo menos. E isso criou-me a pior crise pessoal que tive nos últimos tempos. Eu não quero andar à deriva. Quero poder responder concretamente sobre os meus planos futuros. Quanto às respostas, nas duas primeiras vezes aleguei que era uma mente muito aberta e que podia fazer qualquer coisa, desde que fosse desafiante e me permitisse ter uma vida boa. Não me sinto preso àquilo que faço. Na terceira, perante o meu chefe máximo, já não consegui responder. Estava cansado e demasiado confuso e só me apeteceu emigrar. Não percebia porque via a minha vida tão instável, sem rumo. Até que mais tarde, numa réstia da luz que me restava depois de quatro "reuniões" acerca do meu futuro, percebi que isso se deve à falta de um fio condutor e de um porto seguro na vida pessoal. Mimado e imaturo, só sabendo para onde volto à noite posso ter confiança para aceitar uma mudança radical no resto. E aí já respondo claramente: daqui a cinco anos quero estar a ganhar bem para aproveitar a vida ao lado do meu amor.